Jequié sedia Seminário sobre Alta Produtividade do Cacaueiro

  A Prefeitura de Jequié, através da Secretaria de Agricultura, Irrigação e Meio Ambiente, em parceria com o Banco do Nordeste, com a Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira, a CEPLAC, e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o SEBRAE, realizou na manhã desta terça-feira, 12, no auditório Waly Salomão, na Universidade Estadual da Bahia, a UESB, o seminário ‘Manejo para Alta Produtividade do Cacaueiro’. Na ocasião, estiveram presentes o secretário de Governo, Alex Santos, representando o prefeito de Jequié, Sérgio da Gameleira; o secretário de Agricultura Irrigação e Meio Ambiente, Juvenal Neto, o Neto da Água Já; a representante do SEBRAE/Jequié, Kelly Guerra; o representando da CEPLAC, Ivan Benevides; o engenheiro agrônomo, da Prefeitura de Jequié, Renildo Peixoto, coordenador de desenvolvimento territorial da cadeia produtiva do cacau; o agrônomo e palestrante, Ivan Costa, e os produtores de cacau de Jequié, Ipiaú e Jitaúna. No seminário, o agrônomo e técnico da Ceplac, Ivan Costa, palestrou sobre as ‘Opções de clones para alta produtividade do cacaueiro’ e sobre a ‘Produção de cacau com alta produtividade – Projeto 500’.  A ideia é para os produtores criarem grupos para capacitação, para aumentar a produtividade de cacau e baixar o custo de produção.  O projeto Cacau 500 prevê que produtores formem grupos para capacitação em alta produtividade. A ideia é que elevem a produção para 500 arrobas de cacau por hectare. Ao ser formado, o grupo escolhe um coordenador, que organiza as excursões, os encontros, repasse de técnicas, mensagens e análise de resultados com o acompanhamento técnico. Qualquer município pode participar do Projeto 500. Basta formar grupos de produtores e entrar em contato com a extensão rural da Ceplac.

"Desde a chegada da vassoura de bruxa, na Bahia, a lavoura cacaueira vem se recuperando, vem avançando em processo tecnológico de conhecimento. Hoje, já temos excelentes clones com alta produtividade, e agora nós temos um enfoque da modernização da lavoura, que é o cacau de alta produtividade, com análise de solos, aplicação de insumos como o gesso, calcário, micronutrientes, quando no passado você tinha 100 arrobas como paradigma a ser quebrado. Já temos produtores vendendo cacau ao preço de R$300,00 a arroba; cacau fino, cacau diferenciado, sem cheiro de fumaça, com excelente nível de fermentação. Então, muitos produtores já estão participando e a Prefeitura de Jequié está cumprindo o seu papel de organizar, de promover esses eventos, que essa é a função do poder público, dá o anzol e ensinar o produtor a pescar. Estamos fazendo hoje, trazendo informações, capacitando os produtores para que eles possam desenvolver, com alta produtividade e, com isso, tenham o lucro, e com o lucro, a satisfação com a sua atividade.", disse o engenheiro agrônomo e assistente técnico da Secretaria de Agricultura, Irrigação e Meio Ambiente, Renildo Peixoto.
“O Projeto 500, é um projeto feito em 2005, que hoje já tem 137 produtores trabalhando e buscando a alta produtividade, alta renda e, com isso, a gente espera que a cacauicultura e os produtores possam voltar a ter uma área financeira bem equilibrada e possam viver da sua produção.", disse o agrônomo e palestrante, Ivan Costa.
“Esse evento é de grande importância pois sabemos a fase que o cacau passou, de pequena produtividade, e hoje, a média é de 20 a 30 arrobas por hectare. Atualmente, a gente tem produtores nessa nova fórmula, produzindo até 200 arrobas por hectare, em uma média de preço de R$250,00 a R$300,00, por arroba, onde a média normal é de R$120,00 a R$130,00, por arroba. Isso aqui é o primeiro passo trazer esses produtores para que eles possam entender esse novo plantio de cacau da alta produção e de quantidade e qualidade para que as pessoas possam, de novo, se empolgar e produzir, plantar o cacau em suas roças. Com as parcerias com o SEBRAE, Banco do Nordeste e CEPLAC, estamos procurando criar novas estratégias para que tenha o cacau produzido aqui tenha um mercado mais abrangente.", disse o secretário de Agricultura, Irrigação e Meio Ambiente, Juvenal Neto.